Extensão

Projeto da Ufac utiliza sobras de comida para produzir hortaliças

publicado: 30/09/2019 14h20, última modificação: 18/11/2022 16h10
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Coletar sobras de comida para produzir compostagem e utilizá-la no plantio de hortaliças. Esse é o foco do projeto de extensão “Transformando Lixo em Comida”, em atividade no campus Floresta da Ufac desde março. Um grupo de 34 alunos dos cursos de Biologia, Engenharia Agronômica e Engenharia Florestal coleta os resíduos orgânicos do Restaurante Universitário (RU) e da lanchonete; depois cuida da compostagem e da horta. 

Resíduos

O projeto, coordenado pelos professores Sonaira Silva, Willian Flores, Kleber Andolfato e Leandra Bordignon, evita que pelo menos 1.800 quilos de resíduos acabem indo para o lixão. Assim, impede a contaminação de lençóis freáticos pelo chorume, que é o líquido poluente originado da decomposição do lixo orgânico. Além disso, impede a emissão de metano, entre outros gases do efeito estufa, bem como a proliferação de animais e doenças, como a leptospirose. 

“O projeto tem sido uma inspiração para mim, mostrando que pequenas ações têm grandes impactos sociais e ambientais na sociedade”, conta a professora Sonaira Silva.  “Há dois anos faço compostagem em casa. Analisando os benefícios disso, decidi trazer a ideia para a Ufac.”

Uma pequena horta é a vitrine do projeto. Produz pepino, tomate, abobrinha, manjericão, cebolinha, coentro, pimenta-de-cheiro, pimentão verde, malvarisco e morango. Toda a produção é doada ao RU, à lanchonete e a servidores da Ufac. Também são vendidas, a cada dois meses, mudas ao preço de R$ 1, o que serve para ajuda de custo na aquisição de ferramentas, como enxada, carro de mão, pá, baldes, lona e ciscador.

Projeto da Ufac utiliza sobras de comida para produzir hortaliças

Aluno de Engenharia Agronômica, Henrique da Silva ressalta a importância da reciclagem. “Esta iniciativa diminui o volume de lixo produzido pela Ufac em Cruzeiro do Sul, de forma a torná-lo novamente útil, reduzindo o volume de resíduos que seriam descartados de forma inapropriada na natureza.”

Os alunos criaram um site para explicar o que é o projeto, seus objetivos e resultados. “O site é uma porta para mostrar o projeto, para que outras pessoas possam aprender e realizar a compostagem também no seu lar, beneficiando o público em geral”, diz a aluna de Engenharia Agronômica Kaline Costa.

Professores e alunos envolvidos na atividade estipulam que a meta é estabelecer no campus Floresta um conceito de “lixo orgânico zero”. Para isso, contam com o envolvimento da comunidade acadêmica. O projeto também possui parceria com a Subprefeitura do Campus Floresta.