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Roda de conversa discute saúde mental da mulher

publicado: 28/03/2019 14h43, última modificação: 18/11/2022 16h09
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Foi com dados do Mapa da Violência que a professora do curso de Psicologia, Madge Porto, deu início à segunda roda de conversa organizada pela equipe multiprofissional de saúde da Universidade Federal do Acre (Ufac). Madge estuda o tema da saúde mental da mulher há quase duas décadas. 

Em um conversa que permitia a ampla participação de servidoras e servidores que acompanhavam a atividade, a pesquisadora ia apresentando os dados que assustam. Entre 2003 e 2013, o número de homicídios de mulheres cresceu 21% no Brasil. As 4.762 mortes registradas no último ano da pesquisa representam uma média de 13 assassinatos de mulheres por dia no país. O Acre deixou a quinta posição dos Estados que matam mulheres, em 2013, para assumir a liderança em 2018.

“Não são apenas números e estatísticas, são mulheres sendo mortas. É preciso fazer algo como universidade que prepara seus alunos para a sociedade”, defendeu a professora. “Discutir esse tema na academia é reforçar a construção de uma universidade democrática, pública, laica, de qualidade e socialmente referenciada, que defende os direitos humanos.” 

Direcionada à servidores e estudantes, a roda de conversa tem como proposta dialogar sobre peculiaridades do contexto acadêmico, expectativas e adaptações pessoais e coletivas que trazem impacto à universidade.

“A atividade é focada na promoção da saúde mental na universidade. A ideia é discutir temas que produzam subjetividade ou mesmo o adoecimento mental, obedecendo ao calendário de dias de luta”, justifica uma das idealizadoras do grupo, Cristina Cavalcante, psicóloga clínica da Ufac. Os encontros estão programados para às quintas-feiras, no auditório do bloco Edilberto Parigot, no campus-sede.