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Ufac tem projeto para acolhimento e inclusão de alunos com autismo

publicado: 14/11/2019 15h25, última modificação: 18/11/2022 16h10
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A Ufac, por meio do Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI), desenvolve o projeto “Acolhendo os Autistas da Ufac: Um Caminho para a Inclusão”, cujo objetivo é acolher e orientar alunos diagnosticados com transtorno do espectro autista (TEA), promovendo a permanência deles na sala de aula, pois enfrentam problemas por conta de prejuízos na comunicação, interação e comportamento. 

Idealizado pela técnico-administrativa do NAI, Rauana Batalha, o projeto surgiu de uma percepção do aumento de cotistas declarados com síndrome de Asperger, um autismo leve. Eles demandavam atendimento de apoio pedagógico do núcleo e buscavam atendimento psicológico para lidar com tensões que podem levar a crises de ansiedade, pânico e depressão.

Segundo Rauana, o projeto também pretende divulgar o autismo para discuti-lo na comunidade acadêmica e efetivar a inclusão dos alunos com autismo. “É preciso assegurar a permanência vivida com qualidade de vida e saúde mental, porque acolhimento e orientação são fundamentais para esse público tão excluído e ainda incompreendido”, disse. “O que não é marcado no corpo, como a deficiência visual ou física, pode ser ignorado e motivo de dúvidas por parte de colegas e docentes.”

O projeto teve início em setembro deste ano. Seus 11 participantes se encontram com a equipe a cada 15 dias, às sextas-feiras, em rodas de conversa que ocorrem das 15h às 17h na sala de capacitação do NAI. Eles discutem temas trazidos pela psicóloga especialista no tratamento de autistas jovens e adultos, Sara Silva Vale. Entre os temas abordados, estão recebimento/aceitação do diagnóstico de autismo e adaptações pedagógicas no ensino superior.

Rauana Batalha, que faz acompanhamento pedagógico dos estudantes, e a especialista em TEA, Ademilcia Grana, também participam das reuniões. A encontro de encerramento está marcado para 29 de novembro deste ano; mas a coordenação do projeto pretende avaliar com os envolvidos a continuidade no próximo semestre letivo.

A estudante do 3º período de Medicina Veterinária, Kathleen Mercedes Bezerra do Nascimento, lembra que o autista enxerga o mundo de uma forma diferente e lida com situações consideradas comuns com muita dificuldade. 

“O projeto faz com que eu me sinta ligada a outras pessoas que sofrem e têm dificuldades semelhantes”, relatou. “Além do mais, a psicóloga que atende no projeto [Sara Silva Vale] também é autista e isso faz com que eu me sinta completamente segura e em paz, pois sei que minhas reclamações serão resolvidas e minhas dificuldades serão socorridas da forma necessária.”