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Pesquisa revela potenciais reservatórios de leptospirose

publicado: 10/12/2020 14h48, última modificação: 18/11/2022 16h16
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O curso de Medicina Veterinária e o programa de pós-graduação em Sanidade e Produção Animal Sustentável na Amazônia (PPGespa) da Ufac contribuíram com a descoberta de novos mamíferos potenciais reservatórios de leptospirose na Amazônia Ocidental, integrando uma equipe multidisciplinar composta por pesquisadores e alunos da Ufac, Instituto Federal do Acre (Ifac), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os resultados inéditos foram publicados na revista internacional “Frontiers in Veterinary Science”. Esse artigo foi um dos frutos de um grande projeto coordenado pela Luciana Medeiros, professora do Curso de Medicina Veterinária e PPGespa da Ufac.

As primeiras evidências de pequenos mamíferos como portadores/hospedeiros de Leptospira spp., na Amazônia Ocidental, veio através do estudo da atuação deles na epidemiologia da leptospirose por três anos, através das coletas no trabalho a campo acompanhados de análises em laboratório. A pesquisa mostrou, em várias espécies de roedores e marsupiais, alta prevalência da bactéria causadora da leptospirose, a Leptospira spp.

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Luciana Medeiros fala da importância da pesquisa em relação às doenças. “Essa descoberta é muito importante, pois no controle de doenças é essencial conhecer os seus reservatórios. Identificar novos reservatórios de doenças permite planejar ações de prevenção voltadas para o seu controle e erradicação, como é feito no controle de roedores urbanos.”

O estudo continuará, na nova etapa entenderão como essa bactéria circula e se mantém nesses ecossistemas. “Especificamente, nesse projeto, temos alunos de iniciação científica e uma doutoranda, vinculada à PPGespa, que está estudando o aspecto da dispersão bacteriana entre os reservatórios estudados. Estes trabalhos permitem formar novos cientistas na região amazônica”, explicou. “Ter pesquisadores Acrianos, capacitados e prontos para atuar na área da educação e saúde pública é o maior legado destes projetos”.

Além da Luciana dos Santos Medeiros, a equipe de autores é composta por Susan Christina Braga Domingos, Rui Carlos Peruquetti e Narianne Ferreira de Albuquerque, da Ufac; os pesquisadores do Ifac foram André Luis de Moura Botelho e Charle Ferreira Crisóstomo; enquanto da Fiocruz são Paulo Sérgio D'Andrea, Bernardo Rodrigues Teixeira e Filipe Anibal Carvalho-Costa; da UFF: Maria Isabel Nogueira Di Azevedo, Anahi Souto Vieira, Gabriel Martins e Walter Lilenbaum.

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