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Programação e inscrições na VIII SEFIR

> Para acesso aos resultados dos resumos aprovados em GTs clique aqui
O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da Universidade Federal do Acre (Neabi/Ufac), torna público a chamada para participar de seu evento acadêmico, a Semana Em Favor de Igualdade Racial, em sua oitava edição (VIII Sefir), submissão de resumos de propostas de Grupos de Trabalho e de Minicursos/Oficinas para o referido evento, por meio de suas palestras, mesa redonda, minicursos/oficinas e grupos de trabalho, conforme ficha de inscrição logo abaixo.
Programação geral:
Palestras/Mesa Redonda: A participação nas duas palestras e na mesa redonda é obrigatória para que se obtenha o certificado do evento. As palestras/mesa redonda ocorrerão no turno da noite. A inscrição pode ser realizada até dia 15/11/2022, pelo link logo abaixo.
Minicursos/Oficinas: A participação em um dos Minicursos/Oficinas também é obrigatória para que se receba o certificado do evento. Os minicursos/oficinas ocorrerão no turno da tarde. A inscrição também poderá ser realizada até o dia 15/11/2022, pelo link logo abaixo.
Clique na imagem para ver os dados de cada minicurso.
MC01: "A educação das relações étnico-raciais através do ensino de espanhol no Brasil: um percurso entre desmontes e resistências"
Objetivos: O contexto político atual não tem sido favorável para a educação brasileira. No campo do ensino de espanhol muitas perdas vêm sendo contabilizadas. Primeiramente houve a revogação da Lei 11.161/2005 que garantia o espanhol como componente curricular obrigatório na educação básica. Consequentemente, essa língua passou a ser um componente optativo e deixou de figurar nos documentos da educação, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Além disso, políticas públicas recém conquistadas como a distribuição do livro didático de espanhol foram anuladas, bem como, se pretende extinguir a opção da língua estrangeira espanhol no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Apesar desse desmonte os profissionais de língua espanhola têm resistido, tanto ao articular formas de manter a oferta da língua nas escolas, quanto ao propor uma educação linguística que dialogue com o contexto brasileiro com base em sua realidade social, cultural e linguística. Nesse sentido, a implementação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008 que normatizam o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena no sistema educativo nacional tem sido uma pauta crescente na educação linguística em espanhol, pois além de inserir os conteúdos mencionados a implementação dessas Leis também tem promovido um diálogo entre o contexto brasileiro e a diversidade cultural do mundo hispânico com ênfase nos povos originários e da diáspora africana na América Latina. Assim, o objetivo deste minicurso é apresentar possibilidades de atuação da educação linguística em espanhol para a promoção da Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER) a partir de estudos no campo teórico da Linguística Aplicada que abarcam o âmbito dos livros didáticos (contemplados no Plano Nacional do Livro didático – PNLD), da literatura, das provas de espanhol do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e dos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Letras/Espanhol (PPC). O recorte apresentado se justifica por ser a área de pesquisa das ministrantes, bem como por abranger aspectos diferentes do ensino de espanhol contemplando amplas possibilidades de atuação para difusão da ERER a partir dessa língua. Desse modo, além de apresentar os resultados de pesquisas concluídas e em andamento, no minicurso também serão abordados conceitos como: educação linguística; interculturalidade; decolonialidade; raça; branquitude; branqueamento; ERER; currículo. Assim, visamos refletir sobre um ensino de línguas com perspectiva intercultural em diferentes esferas e práticas decoloniais. Ao longo do minicurso espera-se que os participantes compreendam os principais conceitos abordados; que sejam capazes de fazer uma análise crítica de livros didáticos e de propostas curriculares considerando a ERER e a educação linguística em espanhol; além de conseguirem elaborar alternativas para uma atuação que se pretende intercultural, decolonial e antirracista. O público alvo são professores de espanhol em formação ou formados e professores em geral.
MC02: "O Mangá Japonês One Piece de Eiichiro Oda como proposta de reflexão sobre Racismo e Transfobia"
Objetivos:
- Apresentar aos participantes como Eiichiro Oda trabalha conteúdos raciais e de gênero no seu mangá One Piece, com enfoque centrado em racismo e transfobia.
- Dialogar sobre a temática no Brasil e Japão.
- Entender como Oda constrói diálogos de sensibilização a respeito do racismo e transfobia educando para a promoção do respeito a diversidades étnicas e de gênero.
MC03: "Voz e presença estética na Literatura Negro-Amazônica"
Objetivo Geral: Desenvolver diálogos, competências e habilidades às análises de textos literários que busquem compreender a construção e a possibilidade de uma literatura negro-amazônica, em uma perspectiva antirracista e decolonial.
Objetivos Específicos:
- Definir a proposta de uma literatura antirracista e decolonial;
- Conceituar a Amazônia em sua heterogeneidade cultural;
- Problematizar e analisar os corpos amazônicos, de modo a refletir sobre a participação dos negros na Amazônia Analisar excertos de textos literários escritos por negros da/na Amazônia;
- Constituir a ideia de uma literatura negro-amazônica, exemplificando as suas características e estéticas.
MC04: "Diálogos sobre Racismo, Gênero, Colorismo e Branquitude"
Objetivos:
- Apresentar aos participantes o racismo como construção social, política e econômica, concatenando-o com o Brasil (colonial, imperial e republicano);
- Dialogar sobre branquitude acrítica e colorismo como instrumentos de fortalecimento do racismo;
- Pensar nas questões de gênero e sua correlação com o racismo no Brasil.
MC05: "O papel da Gestão para a promoção de igualdade racial no ambiente escolar e Práticas Pedagógicas Antirracistas"
A presente proposta de minicurso trata do papel da gestão escolar para a promoção de igualdade racial e as práticas pedagógicas antirracistas nas unidades educativas da Educação Básica do Estado do Acre. Sabemos que mesmo após a aprovação das Leis n° 10.639/2003 e n° 11.645/2008, ainda, é um desafio trabalhar os conteúdos voltados à história e cultura africana, afro-brasileira e indígena no formato que as duas leis sugerem: no âmbito de todo o currículo escolar. Também sabemos da importância da gestão para a promoção de igualdade racial no ambiente escolar. E para contribuir com os (as) profissionais da Educação é que compartilharemos práticas pedagógicas e ações antirracistas voltadas à Educação para as relações étnico-raciais. Com esse trabalho objetivamos: refletir sobre a importância da gestão escolar para a política de promoção de igualdade racial, compartilhar práticas pedagógicas antirracistas, sugerir ações de enfrentamento ao racismo no ambiente escolar e trabalhar cultura e história africana, afro-brasileira e indígena na Educação Básica. Como referências utilizamos: BRASIL (1996), BRASIL (2003), BRASIL (2004), GOMES (2012). Desse modo, acreditamos e esperançamos que esse minicurso auxiliará no enfrentamento ao racismo estrutural e contribuirá na construção de uma sociedade com menos preconceito, discriminação, racismo, injustiça e desigualdades.
Objetivos:
- Refletir sobre a importância da gestão escolar para a política de promoção de igualdade racial;
- Compartilhar práticas pedagógicas antirracistas;
-Sugerir ações de enfrentamento ao racismo no ambiente escolar; e
- Trabalhar cultura e história africana, afro-brasileira e indígena na Educação Básica.
MC06: "História Indígena: o Acre, as colonialidades, interculturalidades e os protagonismos"
O objetivo do presente minicurso é abordar a temática indígena na Amazônia, no estado do Acre, pelo prisma decolonial e intercultural. Assim, propõe-se de acordo com o conteúdo programático, discutir sobre os povos indígenas do Acre, fazendo um percurso contextualizante histórico, desde suas movimentações frente a expansão branca-colonial, suas migrações, sues existências e resistências, suas reivindicações e busca por direitos. Portanto, interseccionando com os pressupostos de(s)coloniais, buscaremos discutir a interculturalidade a partir da cosmovisão indígena em seus saberes marcadamente ancestrais e contra-hegemônicos. Perene a isso, será importante tomar nota sobre a educação escolar indígena e a movimentação de professores indígenas, vislumbrando o protagonismo dos indígenas do Are em suas movimentações na sociedade, em suas terras, na universidade etc.
MC07: "Ilustração na literatura infantil de temática da Cultura Africana e Afro-Brasileira"
Objetivos:
- Discutir questões sobre as representações imagéticas de personagens negras na literatura infantil.
- Apresentar a metodologia “Percurso imagético literário” (SOUZA, 2021) para análise de ilustrações em livros de literatura infantil de temática da cultura africana e afro- brasileira;
- Apresentar recursos e materiais disponíveis para o trabalho com a educação das relações étnico-raciais.
LINK PARA INSCRIÇÃO NO EVENTO, MINICURSOS E/OU SUBMISSÃO DE TRABALHOS AOS GTs
Grupos de Trabalho (GTs): A certificação dos grupos de trabalho ocorrerão de forma separada às(os) pesquisadoras(es) que apresentarem suas pesquisas, sejam elas em proposição, em andamento ou já concluídas, em forma resumo e assistirem às demais apresentações do seu grupo de trabalho no dia de sua apresentação;
GT01: "História e Cultura Africana e Afro-Brasileira e Educação das Relações Étnico-Raciais"
Resumo: O presente grupo de trabalho é um espaço para que se dê visibilidade a práticas pedagógicas que efetivem a Lei 10.639/2003 e pesquisas sobre a referida lei e suas diretrizes (2004). Sua importância está em discutir uma temática ainda muito estigmatizada e silenciada em nossas escolas e instituições de ensino superior. Seu objetivo é, não somente compartilhar trabalhos que promovam igualdade racial no ambiente escolar, como também mostrar como é possível fazer esta lei ser executada na prática a fim de sensibilizar outros profissionais da educação a se envolverem com esta temática e inclui-la em sua práxis pedagógica. Segundo Gomes (2011) a efetivação da referida lei exige mudanças estruturais, em específico, a mudança deve começar na mentalidade de toda comunidade escolar, no intuito de romper com o racismo secular e institucional que todo sujeito negro enfrenta em sua sala de aula. Por isso, espera-se com este grupo de trabalho fortalecer as práticas pedagógicas e pesquisas em favor de igualdade racial no ambiente escolar, como também motivar o desenvolvimento de outras mais.
GT02: "Entre o Racismo Linguístico e a Educação Linguística Antirracista: ensino, pesquisa e extensão subvertendo a lógica da colonialidade"
As populações negras africanas, afro-brasileiras e indígenas sempre foram sujeitos produtores de epistemologias, a colonialidade através de seus mecanismos ideológicos que foram materializados de diversificadas maneiras na sociedade produz e reproduz o eurocentrismo. Entretanto, movimentos negros e indígenas passam a denunciar o eurocentrismo presentes nas universidades e consequentemente nas escolas da Educação Básica também. Por conta da ação desses movimentos sociais, surgem ações como as leis 10.639/2003 e 11.645/2008 que buscam romper com as práticas eurocêntricas dessas instituições de formação crítica, estas leis buscam promover o ensino da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena. A inserção de tais temáticas avança ainda mais com o ingresso de pessoas negras e indígenas nas universidades através das ações afirmativas com vagas destinadas a esse público, tanto na graduação com a lei 12.711/2012, quanto nas pós-graduações que criam suas próprias normativas com as reservas de vagas para a entrada destes grupos historicamente excluídos. Assim, esses grupos que adentram as universidades, percebem o eurocentrismo e o epistemicídio, passam a questioná-los, denunciá-los e buscar formas de rompê-los, seja através do ensino, da pesquisa ou da extensão. O campo da linguística não poderia ser diferente, esta que por muito tempo tratou esses sujeitos – populações negras e indígenas – como objetos de estudos ou meros informantes. A partir do surgimento do campo da Linguística Aplicada indisciplinar/interdisciplinar com seu comprometimento com as questões da sociedade passam a produzir trabalhos que colocam esses grupos no protagonismo, como produtores de saberes. Dessa maneira, a presente proposta de Grupo de Trabalho busca ser um espaço para debate para experiências dentro e fora da sala de aula, pesquisas concluídas e em andamento que de alguma maneira acionam a língua(gem) em diálogo com os aportes teóricos: Nascimento (2019), Fanon (2019), Mbembe (2014), Quijano (2000), Gonzalez (1988) Gomes (2018), Muniz (2009), Moita Lopes (2006), Souza Neto (2021), Ferreira (2015), Munanga (2019, 2020), entre outros.
- Os Grupos de Trabalho, que ocorrerão no turno da manhã, receberão submissão de resumos referentes às suas temáticas de discussão até o dia 30/09/2022, pelo link logo abaixo, e os resumos devem obedecer às seguintes diretrizes:
- Título – em caixa alta, negrito e centralizado;
- Autores – nomes completos centralizados à direita, com nota de rodapé identificando a instituição e o e-mail;
- O corpo do resumo deve conter entre 150 e 300 palavras, não ter parágrafos ou margem.
- O corpo do resumo precisa conter: Apresentação do tema. Justitificativa do tema. Objetivo(s) da pesquisa. Metodologia da pesquisa. Referenciais teóricos. Resultados da pesquisa, quando houver.
- Três a cinco palavras-chaves, separadas por ponto final.
LINK PARA INSCRIÇÃO NO EVENTO, MINICURSOS E/OU SUBMISSÃO DE TRABALHOS AOS GTs