Sobre o Curso

A Universidade Federal do Acre (Ufac) ampliou o curso de Medicina de 40 para 80 vagas anuais (40 por semestre), acompanhando o movimento nacional de expansão das escolas médicas. Para suportar essa expansão, a universidade investiu na contratação de novos docentes e na melhoria da infraestrutura física, incluindo a inauguração de um bloco próprio equipado com salas multimídia e um centro de tutoria para grupos pequenos. Além disso, está em fase de implementação um novo bloco de laboratórios para apoiar o ensino de morfofisiologia e habilidades clínicas. O Projeto Pedagógico do Curso (PPC) foi reformulado, incorporando programas de desenvolvimento docente, incentivo à pós-graduação, produção científica e valorização dos preceptores.

O novo PPC estabelece uma duração mínima de 12 semestres e máxima de 18, com carga horária total de 8.780 horas, das quais 7.740 são destinadas a disciplinas obrigatórias e 2 anos ao internato. O currículo é organizado em 11 eixos de formação que promovem a integração das disciplinas e o desenvolvimento de competências em áreas transversais, considerando o ciclo de vida e as grandes áreas da medicina. Cada eixo possui um professor coordenador que integra o Núcleo Docente Estruturante (NDE) e é responsável por garantir a articulação entre as disciplinas. A tutoria integradora, que trabalha conteúdos de forma interdisciplinar por meio de situações-problema e casos clínicos, acompanha o aluno desde o início do curso até o internato.

O curso de Medicina da Ufac tem um papel estratégico na formação de profissionais capacitados para atender às necessidades de saúde do Acre e da região Norte, com foco na prática médica generalista e no reconhecimento das especificidades regionais. Como um dos principais cursos da Amazônia Ocidental, busca contribuir para o desenvolvimento regional sustentável, promovendo a convivência harmônica com o bioma amazônico e reforçando a importância da preservação ambiental como parte do cuidado com as populações locais.

A formação de médicos no interior e em áreas remotas contribui para o aumento da relação médico/habitante, melhora os indicadores de saúde e fortalece a qualidade de vida, estimulando novos investimentos locais e reduzindo a morbi-mortalidade regional. O curso também impacta diretamente o sistema de saúde, inserindo egressos em unidades básicas de saúde, serviços de urgência e emergência, hospitais regionais e especializados. A expectativa é que, com o tempo, a carência de médicos na região seja reduzida, equilibrando a oferta de especialistas e generalistas de acordo com as necessidades do perfil epidemiológico local, com ênfase nas áreas de Atenção Primária e emergências.