Identidades em transformação: performatividade e o Projeto Afrocientista em Rio Branco-Ac (2021-2023)

Pesquisas arqueológicas apontam para o continente africano não somente como berço da civilização, mas também como embrião da ciência e da tecnologia.  O ser humano precisou aperfeiçoar instrumentos e habilidades para garantir a sobrevivência frente às variações de clima, solo, vegetação e principalmente de comunicação. Nessa perspectiva, pensou-se em questões como: Evolução ou construção histórica?: homens e mulheres estão em constante construção histórica, moldados por circunstâncias, sociais, culturais e políticas de cada época; A transposição do conceito de evolução das ciências biológicas para as ciências humanas gerou interpretações que acabaram por justificar hierarquias, segregar indivíduos e dividir o espaço-tempo com base em critérios de superioridade cultural, tecnológica e racial. Grupo de estudantes do ensino médio, selecionados para fazer parte do Projeto Afrocientista, no percurso da descoberta de uma ciência outra – a qual nomearemos de Afrociência – foram se descobrindo, descobrindo também suas ancestralidades, representatividade e identidade.