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Artes Cênicas da Ufac oferece curso para pessoas com deficiência

publicado: 29/09/2020 14h31, última modificação: 18/11/2022 16h16
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O curso de licenciatura em Artes Cênicas da Ufac promove aulas de teatro para pessoas com deficiência. As atividades fazem parte do projeto de extensão Teatro e Educação Inclusiva e iniciaram nessa segunda-feira, 28; o encerramento está previsto para meados de novembro.

São 30 alunos matriculados, que apresentam deficiência intelectual, visual e transtorno do espectro do autismo; vinte são do Centro de Ensino Especial Dom Bosco e dez do Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual do Acre.

Os encontros ocorrem quatro vezes por semana, na modalidade on-line, pelo Google Meet. O plano de curso inclui jogos teatrais, contação de história, estimulação de trabalho de motricidade a partir de elementos sensoriais, como argila, alimento, produtos da natureza, a fim de estimular o toque, o olfato e a audição.

Para que os alunos matriculados tenham acesso ao conteúdo, a equipe do projeto fica responsável pela entrega do material, enquanto os familiares e profissionais do centro, por sua vez, auxiliam no acesso à videochamada pelo celular e no desenvolvimento das práticas dos bolsistas da Ufac, ministrantes do curso, que são quatro graduandos de Artes Cênicas (Jhonnathan Barbosa, Rayssa Silveira, Rennan Morais e Victor Lucien), além de um de Libras (David Silva), um de História (Nicoly Quintela) e um de Engenharia Agronômica (Eduardo Lima).

O coordenador do projeto, Carlos Alberto Ferreira, é professor de Artes Cênicas, educador e artista desde 2006, passou por várias instituições que envolvem a área da educação especial. Ele nutria o desejo de trabalhar, com os discentes de graduação, a temática inclusiva a partir de um viés prático.

“Para mim, enquanto educador, é muito importante ter práticas pedagógicas como essa, no intuito de estimular e de fazer com que os educandos percebam essa relação que precisamos ter com esse público, mas principalmente colocar uma necessidade que é falar de acessibilidade atitudinal. É muito importante que os alunos percebam a importância dessa atitude ”, disse Carlos Alberto.

A divisão da educação especial da Secretaria Estadual de Educação aceitou colaborar com a realização desse projeto, abrindo espaço nos centros para oportunizar a ministração do curso.

“Nós, educadores, precisamos ter esse lugar de realidade. Quem tem que buscar formação hoje somos nós, não apenas esperarmos que venha, mas sermos esses agentes que buscam”, acrescentou Carlos Alberto. “Assim teremos mais alunos com deficiência na universidade. Esse é um projeto que estimula que as barreiras sejam quebradas.”