Pesquisa

Docentes da Ufac realizam projeto sobre Insegurança Alimentar na Gestação

publicado: 07/10/2022 14h28, última modificação: 10/10/2022 10h41
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O programa de pós-graduação em Saúde Coletiva da Ufac, está desenvolvendo o projeto “Insegurança alimentar na gestação: assistência ao parto e desfechos maternos e neonatais”. O estudo está sendo realizado no município de Cruzeiro do Sul e tem por objetivo avaliar os fatores associados à insegurança alimentar na gestação em tempos de pandemia de COVID 19.

O projeto é coordenado pela doutoranda Maria Tamires Lucas dos Santos, sob orientação da coordenadora do programa e professora Andréia Moreira de Andrade e tendo como pesquisadora e colaboradora Kleynianne Medeiros de Mendonça Costa, além de contar com voluntários do curso de Bacharelado em Enfermagem do Campus de Cruzeiro do Sul e profissionais da maternidade Irma Maria Inete Della Senta (Maternidade do Juruá). 

O estudo encontra-se em andamento, em fase de análise dos resultados obtidos. Dados prévios revelam uma prevalência de 57% de insegurança alimentar gestacional e chama atenção para o alto percentual de gestantes com insegurança alimentar grave (pouco mais de 15%), ou seja, mulheres que passaram fome durante a gestação, o que predispõe mãe e bebê a diversas complicações. 

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Para a realização da pesquisa, se fez necessário preencher os requisitos éticos e adquirir a devida aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal do Acre (CEP-Ufac), o que possibilitou a realização da primeira etapa da pesquisa através do alinhamento e treinamento da equipe e início da coleta de dados, entre setembro de 2021 a janeiro de 2022. Os dados coletados, por meio da aplicação de questionário à 423 puérperas em alojamento conjunto, foram sobre insegurança alimentar durante a gestação, características sociodemográficas, clínicas e obstétricas maternas e características dos recém-nascidos. 

O surgimento da pandemia de COVID em 2019 acentuou as discussões e vigilância da fome mundial e também da insegurança alimentar. Populações reconhecidamente vulneráveis requerem atenção diante deste contexto de crise e recessão econômica. Mulheres, quando gestantes, estão ainda mais expostas à insegurança alimentar, que somadas as demandas fisiológicas da gestação, podem repercutir na saúde do binômio.

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