Pesquisa

Estudo utiliza própolis de abelhas amazônicas em células tumorais

publicado: 13/06/2022 12h33, última modificação: 18/11/2022 16h24
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O mel da própolis, característico por possuir propriedades medicinais, se tornou objeto de estudo no projeto de pesquisa dos professores César Meschiari e Ildercílio Lima, do Centro de Ciências da Saúde e do Desporto, da Ufac. Eles buscam determinar a atividade antitumoral do extrato de geoprópolis de ‘Melipona sp.’ em cultura de células de osteossarcoma.

O projeto consiste na utilização de abelhas sem ferrão e que fazem uma mistura de terra e própolis, conhecida como geoprópolis, que é usada no revestimento das colmeias. O objetivo é avaliar o efeito da geoprópolis sob proliferação, mobilidade e morte celular por meio do ensaio de migração celular e ensaio de apoptose e necrose.

A geoprópolis, utilizada no desenvolvimento da pesquisa, será obtida na região de Rio Branco, no Acre, porque esse material pode variar de acordo com a espécie de abelha que o fabrica, a região onde é produzido e a época do ano em que é feita a coleta, uma vez que a variabilidade da flora da região também contribui diretamente na composição química da própolis.

Como resultado da pesquisa, espera-se que o extrato hidroalcoólico da geoprópolis cause a inibição da proliferação e migração celular e induza a morte celular do programa nas culturas de osteosarcoma, sugerindo, dessa forma, um potencial uso como antitumoral futuramente.

Segundo o professor Ildercílio Lima, os testes-piloto do projeto demonstraram uma capacidade de diminuição da população de células tumorais. “Observamos a capacidade de diminuição de células tumorais em ensaios in vitro, mas precisamos realizar outros experimentos para verificarmos se isso se repete e para definirmos por qual via o extrato pode agir”, explicou.

(Gabriel Verçoza, estagiário Ascom/Ufac)