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Projeto de extensão da Ufac informa sobre violência obstétrica

publicado: 22/12/2022 20h42, última modificação: 22/12/2022 20h45
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Alunos do curso de Medicina da Ufac realizaram, entre os meses de agosto e dezembro deste ano, o projeto de extensão Violência Obstétrica: Ela Existe? Com o intuito de esclarecer usuários do sistema municipal de saúde, o projeto promoveu rodas de conversa sobre o tema com mulheres e acompanhantes em unidades de atenção primária à saúde de Rio Branco. A intenção dos acadêmicos é que as mulheres tenham experiências positivas no trabalho de parto.

O projeto abordou como se preparar para o parto e os tipos de violência obstétrica, além de fornecer informações sobre como evitá-la. Para isso foram distribuídas aos participantes uma carta de intenções e uma lista na qual a grávida podia deixar registrado seu desejo para a experiência do parto.

O projeto é coordenado pela professora do Centro de Ciências da Saúde e do Desporto, Sheley Lima. Ela enfatizou a necessidade do projeto para os profissionais de saúde. “É extremamente necessário. Principalmente para que o médico esteja atualizado de acordo com as evidências científicas atuais, que contrapõem vários procedimentos antes realizados e que hoje são qualificados como violência obstétrica.”

Os alunos utilizaram o título do projeto como um apelo para que as mulheres e famílias prestem atenção e reconheçam esse tipo de violência, que, por se tratar de procedimentos realizados por profissionais de saúde, não é fácil de ser identificado, fazendo que gestação, parto ou pós-parto possam trazer experiências traumáticas.

Violência obstétrica

A violência obstétrica é um tipo de violência de gênero, praticada por profissionais da saúde. Ela se caracteriza pelo desrespeito, abusos e maus-tratos durante a gestação e/ou no momento do parto. Pode ser de forma psicológica ou física. Causa a perda da autonomia e capacidade das mulheres de decidir livremente sobre seus corpos e sexualidade, impactando negativamente na qualidade de vida das mulheres.

Projeto de extensão da Ufac informa sobre violência obstétrica