Laboratório do campus Floresta promove conservação ambiental

O Laboratório de Biologia Animal do campus Floresta da Ufac, em Cruzeiro do Sul, desenvolve ações com foco na biodiversidade amazônica, com o objetivo de contribuir com a preservação do meio ambiente. Entre essas ações estão a prototipagem de produtos 3D, a startup BioTech3D, o projeto Precious Plastic-Acre e a pesquisa da fauna parasitária de animais silvestres consumidos pela população local. 

Com infraestrutura avançada, o laboratório realiza a prototipagem de produtos 3D com finalidades educacionais, o que transforma salas de aula convencionais em laboratórios interativos. Para os coordenadores do laboratório, Tiago Lucena da Silva e Maria Isabel Afonso da Silva, a implementação dessas tecnologias nas escolas resultou em aumento de até 55% nas médias de notas dos alunos.

A startup BioTech3D cria produtos educacionais para conscientização e educação ambiental, com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do governo federal. O objetivo é disponibilizar equipamentos, insumos e suporte técnico, alavancando o ecossistema de inovação do Vale do Juruá, criando fontes de renda e contribuindo com a conservação da Amazônia.

“Teremos essa infraestrutura de equipamentos disponível para toda a comunidade, para que eles encontrem aqui, na universidade, um ambiente que vai além dos cursos de graduação e pós-graduação, um ambiente positivo para o desenvolvimento de ações que possam ajudar no surgimento de novas ideias e startups”, disse Lucena da Silva.

O centro de pesquisa também possui o projeto Precious Plastic-Acre, que visa retirar aproximadamente quatro toneladas de plástico por mês do meio ambiente, com sistemas de trituração. Segundo os coordenadores do laboratório, essa iniciativa contribui para minimizar um dos problemas ambientais do planeta e fazer a economia circular, fortalecendo as cooperativas de coleta seletiva e reduzindo a necessidade de aquisição de plásticos na região. 

“Desenvolvemos ações para utilizar o plástico reciclável, transformando-o em matéria-prima que possa ser utilizada pela comunidade empreendedora da região para o desenvolvimento de produtos diversos, contribuindo para o desenvolvimento da economia local e para retirada do plástico do ambiente amazônico”, ressaltou Lucena da Silva

Com a investigação da fauna parasitária dos animais silvestres consumidos pela população local, o laboratório volta sua atenção para os riscos zoonóticos associados a essa prática regional, visando não apenas à compreensão científica, mas também à promoção da saúde pública. 

“O laboratório é um exemplo de como a pesquisa e a inovação podem ser aliadas para promover desenvolvimento sustentável e conservação de um dos ecossistemas mais relevantes do mundo, a Amazônia”, ponderaram os coordenadores do laboratório. “Suas ações representam um passo importante na construção de um futuro mais sustentável para nosso Estado.”

(Ana Karoline, estagiária Ascom/Ufac)