Projeto desenvolvido na Ufac monitora qualidade do ar no Acre

O projeto Qualidade do Ar: Efeito de Desmatamento, Incêndios e Queimadas, desenvolvido por professores e pesquisadores da Ufac, monitora a qualidade do ar no Acre e toma medidas para garantir uma vida livre da poluição atmosférica, prevendo possíveis soluções aos problemas constatados. A rede de monitoramento, que é liderada pelo professor Willian Flores, em junho de 2019 tornou-se a maior da Amazônia.

O monitoramento é feito por satélite e sensores portáteis. Em 2017, foi instalado na Ufac o primeiro sensor Purpleair da Amazônia, sendo seguido por mais dois sensores em Cruzeiro do Sul e no Peru, nas cidades de Puerto Maldonado e Madre de Dios. Em 2019, foram instalados 29 sensores em todo o Estado, pelo menos um em cada município.

De acordo com dados estatísticos do projeto, no Brasil a taxa de óbitos relacionados à poluição atmosférica é igual ou inferior a 5%. Os mais afetados pela poluição do ar são crianças, mulheres e aqueles que trabalham ao ar livre. Em 30 anos, 90% dos 500 mil hectares de florestas queimadas ocorreram desde 2005 durante secas severas.

As propostas de ações incluem a adoção de tecnologias mais limpas, novas formas de geração de energia, mudanças de hábitos e incentivos ao uso do transporte coletivo, bem como a aplicação de alternativas tecnológicas para reduzir o uso do fogo nas práticas agroflorestais na região amazônica. 

Os pesquisadores envolvidos no projeto são Sonaira Silva (Ufac), Alejandro Duarte (Ufac), Forster Brown (Ufac, WHRC), Liana Anderson (Cemaden) e Vângela Nascimento (MP-AC).

Participação em fórum

O vice-reitor Josimar Ferreira participou do 10º Encontro do Fórum de Gestores Ambientais de Províncias, Estados e Regiões da América Latina e do Caribe, promovido pela Universidade Nacional Agrária La Molina, em Lima (Peru), representando a Reitoria. Ele ministrou, em 22 de setembro, a palestra “Qualidade do Ar: Efeito de Desmatamento, Incêndios e Queimadas”.

Ferreira destacou a importância da integração entre países da região MAP (Madre de Dios, Bolívia; Acre, Brasil; Pando, Peru). “Os efeitos climáticos são globais e as ações de mitigação destes devem envolver políticas públicas internacionais e integradas”, disse o vice-reitor.

(Elis Caetano, estagiária Ascom/Ufac)