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Projeto leva oficinas a adolescentes em centro socioeducativo

publicado: 04/01/2023 09h36, última modificação: 05/01/2023 14h26
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Projeto de extensão da Ufac, coordenado pela professora do Centro de Educação, Letras e Artes, Maria Salete Peixoto, realiza oficinas com as adolescentes do Centro Socioeducativo Mocinha Magalhães, com o objetivo desconstruir conceitos ligados ao preconceito, racismo e classes sociais, que visam oprimir as pessoas que se encontram à margem da sociedade. O trabalho está em execução há cinco meses.

Intitulado “A Decolonização do Olhar de Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa no Centro Socioeducativo Mocinha Magalhães”, o projeto baseia-se em pilares do Estatuto da Criança e do Adolescente, como responsabilização, educação e proteção integral. Bolsistas dos cursos de Ciências Sociais, História, Letras/Inglês, Espanhol e Francês são responsáveis por desenvolver atividades com as adolescentes participantes, conforme suas habilitações, as quais ajudam a desconstruir os conceitos que oprimem as jovens inseridas no sistema socioeducativo.

Projeto realiza oficinas com adolescentes em centro socioeducativo

O projeto, que ocorre em parceria com o Instituto Socioeducativo do Acre, é fruto da tese de doutorado de Maria Salete Peixoto, cujo título é “Marcas de Colonialidades: Centro Socioeducativo Mocinha Magalhães”. A professora dedicou-se por cinco anos a estudar o sistema socioeducativo acreano, buscando compreender como conceitos classistas, bem como o racismo e a misoginia (ódio contra as mulheres) influenciam as vidas dessas meninas adolescentes.

Segundo ela, seus bolsistas são os protagonistas do projeto, que colhe os resultados esperados. “Já houve melhora na conduta das adolescentes, diminuição do quadro de ansiedade, uma melhor qualidade de relacionamento entre as internas e os socioeducadores, além de uma maior compreensão delas mesmas”, disse.

 (Aldeir Oliveira, estagiário Ascom/Ufac)