Grupo de pesquisa em teatro realiza atividade no presídio FOC

O Grupo de Estudos em Teatro do Oprimido (Gesto) da Floresta e o curso de Teatro-ABI (área básica de ingresso) realizaram, no âmbito da disciplina Ensino de Teatro, atividade artístico-pedagógica no presídio Francisco de Oliveira Conde (FOC), por meio do projeto Rede Escrevivências da Libertação, que é desenvolvido no local. A ação ocorreu em 3 de junho, com participação de alunos da graduação e sob coordenação da professora Tânia Villarroel e do egresso do curso, Valdelei de Oliveira.

Segundo os coordenadores da iniciativa, o objetivo da visita ao complexo penitenciário foi aprofundar a experiência da disciplina, oferecida na modalidade de Disciplina em Período Letivo Especial (DPLE), de maneira mais condensada do que nos semestres oficiais. “No sentido de trazer uma experiência mais sensível, destacando um universo mais diverso e problematizador para estudantes que, saindo da universidade, darão aulas de teatro em espaços institucionais com diferentes objetivos”, ponderaram.

O movimento Teatro do Oprimido foi sistematizado por Augusto Boal e traz opções de jogos teatrais para diferentes contextos. “É um sistema que trabalha improvisação através de uma estética singular que inclui diferentes técnicas de acesso ao público, que problematiza diferentes conteúdos e temas importantes para uma prática social mais democrática e consciente”, explicaram Tânia e Valdelei.

Eles ressaltaram a importância da experiência e realização da atividade no presídio. “Como o presídio é um lugar marginalizado, no sentido também de não ser considerado que ele produza arte e cultura, esse tipo de ação é um ato de paz e humanização frente às histórias de vida dessas pessoas, seres humanos em primeiro lugar, e que tem direito a troca de conhecimento para além das desigualdades sociais.”

Os coordenadores também destacaram a parceria com o coordenador de Teatro, professor Humberto Issao, e com o coordenador do Gesto da Floresta, professor Flavio da Conceição, além do apoio de membros do projeto Rede Escrevivências da Libertação, Erick Ámon e Claudia Marques. Em caráter extraordinário, também estiveram presentes as discentes Ellen Cristina Santana de Souza, Erika da Silva, Maysa da Costa Delmiro e Julia Aimee Oliveira dos Santos.