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Ufac revitaliza meliponário do PZ com 30 novas caixas de ipê-roxo

A Ufac promoveu, nesta terça-feira, 15, uma ação de revitalização do meliponário do Parque Zoobotânico (PZ), com a substituição de caixas antigas por 30 novas unidades feitas da madeira ipê-roxo. A iniciativa integra um projeto que reúne ensino, pesquisa e extensão.
A reitora da Ufac, Guida Aquino, participou da atividade e destacou o apoio da Reitoria ao projeto. “É um projeto sensacional, conduzido com muito cuidado. Conseguimos apoiar com a aquisição dessas caixas e vimos de perto o manejo, que é delicado e exige técnica. A proposta envolve ensino, pesquisa e extensão, e queremos, futuramente, oferecer esse mel à sociedade acreana.”
Segundo o coordenador do PZ, Harley Araújo da Silva, a iniciativa também envolve educação. “O meliponário é usado como unidade didática em atividades de educação ambiental, mostrando que essas abelhas nativas não possuem ferrão”, disse. “Recebemos estudantes de escolas públicas, cursos técnicos, graduação e pós-graduação. Queremos, inclusive, incluir ações com os servidores da universidade.”
Ele também destacou a relevância do projeto para a conservação ambiental. “As abelhas polinizam cerca de 75% das espécies florestais e agrícolas. Com o avanço do desmatamento e o uso de agrotóxicos, elas estão ameaçadas. Proteger essas espécies é essencial para o equilíbrio ambiental.”
O trabalho é coordenado pelo técnico Nilson Alves Brilhante, responsável pelo setor de entomologia do parque. Durante a atividade, ele apresentou as funcionalidades das novas caixas e conduziu a transposição de uma colmeia viva da estrutura antiga para a nova, feita com material mais resistente e design que permite maior durabilidade e melhor adaptação dos enxames. “Essas novas caixas têm um diâmetro diferenciado e ajustes internos que favorecem o desenvolvimento das colônias, facilitam o manejo e podem durar até 15 anos”, explicou.
O projeto tem como um dos principais públicos-alvo os moradores das reservas extrativistas do Acre, como a Resex Chico Mendes. A proposta é levar conhecimento técnico sobre a criação racional de abelhas sem ferrão às comunidades tradicionais, como forma de complementar a renda das famílias.
Também participou da atividade a professora e pesquisadora da Ufac, Almecina Balbino Ferreira.