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Contra covid-19, alunos de Medicina e laboratório 3D produzem EPIs

Para ajudar no combate ao coronavírus no Acre, o Laboratório de Tecnologia 3D da Ufac está fabricando clipes de óculos de proteção para profissionais da área de saúde. A capacidade de produção é de cem clipes por dia. Os óculos fazem parte dos equipamentos de proteção individual (EPIs), que incluem escudos faciais e aventais descartáveis, produzidos voluntariamente por alunos do curso de Medicina da universidade acreana.
A produção dos clipes tem orientação do coordenador do laboratório, professor Yuri Karaccas, e conta com alunos voluntários da pós-graduação que sabem utilizar as impressoras 3D. “Cada dia um aluno vai para o laboratório e aciona todas as máquinas em funcionamento”, contou. “O revezamento é para garantir que não haja aglomeração de pessoas e pela segurança dos alunos.”
O laboratório possui duas impressoras que ficam ligadas 24 horas para atender a demanda. Cada impressora leva cerca de dez horas para concluir uma peça. A opção pela produção de clipe levou em conta a possibilidade de fazer vários ao mesmo tempo e a facilidade com que podem ser colados às folhas de acetato. O projeto foi copiado de um modelo disponível na internet.
Produção de EPIs
Alunos do curso de Medicina da Ufac estão produzindo EPIs para doar aos profissionais de saúde que atendem pacientes com covid-19, durante a epidemia no Acre. São escudos faciais e aventais descartáveis. A iniciativa teve apoio popular por meio de campanha de financiamento coletivo. A meta do projeto é a produção de 5 mil equipamentos.
Um dos coordenadores do projeto, Lucas Reis, contou que a ideia surgiu depois de conversa sobre a falta desse tipo de equipamento para os profissionais de saúde. “Usei o que tinha em casa para fazer os primeiros modelos, como cartolinas, clipes de papel, grampeador e transparências.”
Talita Trancoso, que também faz parte da coordenação do projeto, relatou que a iniciativa despertou interesse de outras universidades. “Rondônia, Bahia e Manaus entraram em contato conosco. O modelo também foi replicado por colega nosso em São Paulo.”
O professor do curso de Medicina da Ufac, Fernando Assis, disse que os equipamentos foram testados por uma equipe especializada, antes da produção. “Foram feitas avaliações de segurança e esterilização dos EPIs em dez amostras.”